EIS
AQUI A SERVA DO SENHOR!
Se
tem imagens que comovem qualquer pessoa é ver uma mãe cuidando dos seus filhos,
quando ela estende a mão para que a criança dê os primeiros passos, quando abre
os braços para acolher a criança que chora, quando acalenta ao colo
garantindo-lhe segurança. E de outra parte quando um filho adulto toma a mãe
pela mão, acolhe em sua casa, acompanha nas lidas difíceis que o peso dos anos
normalmente impõe, dedica suas vitórias e realizações à presença da mãe na sua
vida. Essas imagens são edificantes e comoventes por si mesmas, dispensam
comentários e explicações.
Não
sem razão a Igreja nos coloca a figura de Maria como mãe que acolhe no ventre a
Palavra que se fez filho, que caminha
com ele pelas difíceis estradas da Palestina antiga, que foge com ele para o
Egito, que o procura perdido no templo, vai com Ele para o casamento em Caná da
Galiléia, o acompanha durante a missão terrena e o segue até o Calvário. No derradeiro momento da cruz
aceita ser mãe do discípulo amado e fica com os discípulos no cenáculo
aguardando o Espírito Santo prometido. No outro extremo da vida é o Filho
Glorificado pelo Pai que acolhe Maria pelas estradas do céu e que a Igreja
chama de Assunção de Maria dando-lhe também o título de Rainha do Universo.
A
Virgem elevada aos céus junto do Filho a Igreja reconhece na figura da mulher
relatada na primeira leitura deste domingo do livro do apocalipse: “Então apareceu no céu um grande
sinal: uma
mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a
cabeça uma coroa de doze estrelas”. E depois de narrar todas as durezas que a vida
lhe impõe simbolizados no dragão cor de fogo e com outras amedrontadoras
características o autor conclui: “Agora
realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o
poder do seu Cristo".
O evangelho não poderia ser mais
claro para entender a missão terrena de Maria de levar o Deus Homem pelas
estradas da vida: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel”. A velha e piedosa prima reconhece nos sinais da
carne a extraordinária presença do Homem Deus: “Como posso merecer que a mãe do meu
Senhor me venha visitar”. E Maria confirma a convicção que lhe brota do coração e que
todos temos a mesma certeza: Deus nunca se esqueceu da humanidade: “A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele viu a
pequenez de sua serva, eis que agora as
gerações hão de chamar-me de bendita”. A sequencia do cântico de Maria é a confirmação de
tudo o que Deus havia realizado em favor do seu povo ao longo da história de
Israel.
Dois mil anos depois as diversas
aparições de Maria confirmam que a Mãe de Jesus continua a tarefa que iniciou
na visita que fez a Isabel, ou seja, que consiste em levar o Deus homem ao
mundo! E não sem razão nós continuamos repetindo com outras palavras a mesma
exclamação de Isabel: “Bendita és tu
entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!" Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
E a promessa do Senhor se
concretiza na pessoa de Jesus sobre quem São Paulo fala na segunda leitura: “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias
dos que morreram. Assim também em Cristo todos reviverão”.
Usando outras palavras e uma
infinidade de títulos temos a absoluta certeza que Maria é “advogada nossa nesse vale de lágrimas aquela
que desata os nós do nosso cotidiano”. A reconhecemos com hinos e cânticos
na certeza que tudo o que nela se realizou foi por mérito do seu Filho Jesus,
inclusive quando a chamamos de Rainha, fazemos porque Jesus Cristo é o Rei dos
céus!
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