PERDOAR E ACOLHER
O Evangelho deste domingo é uma conversa amigável
entre Jesus e seus discípulos que se conclui com uma pergunta fundamental: “Para Vocês quem sou eu? ” Notemos que a
conversa acontece numa região estranha tanto para Jesus quanto dos habitantes
em relação a pessoa d’Ele. Fazendo a pergunta crucial Jesus deixa claro que
espera dos discípulos uma resposta que brote das suas convicções e não apenas
de uma pesquisa de opinião. E toda a conversa se conclui com uma tarefa
confiada a Pedro e naturalmente a todos os discípulos: “Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus: Tudo o que tu ligares na terra
será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos
céus”. Receber as chaves implica ter a
responsabilidade de comunicar o perdão e a reconciliação abrindo as portas para
que as pessoas tenham acesso ao Reino de Deus.
Nesse contexto
a Igreja recorda São Pedro e São Paulo, sobre quem os escritos do Novo
Testamento permitem reconstruir sua trajetória de vida. Trata-se de duas
pessoas apaixonadas por Jesus e por seu projeto. Por força da sua paixão não
tiveram medo de enfrentar todas as provações que sua convicção lhes impunha. A liturgia
afirma que regaram com seu sangue o terreno onde foi plantada a Igreja.
A pergunta
feita por Jesus aos discípulos ecoa em nossos ouvidos e espera de nós uma
resposta que implica na atitude de quem está disposto a segui-lo. Ter as chaves
significa continuar a missão de Jesus. Ora, no dia do nosso batismo cada um
recebeu também as chaves quando o ministro disse: “Você foi batizado para ser Sinal de Jesus Cristo Sacerdote, profeta e
pastor”
Imitar o
exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo e tantos outros homens e mulheres ao longo
da história é muito mais do que emitir uma opinião sobre Jesus, trata-se de um
modo de vida. Tal como Pedro a quem Jesus chamou de feliz por ter dado o seu
testemunho, também cada um de nós poderá experimentar a mesma felicidade se
tivermos a coragem de nos comprometer com Jesus e o seu projeto que nos desafia
a caminhar juntos, acolher, perdoar, abrir as portas. Aprendamos com o Papa
Francisco quando afirma: “A Igreja não é
uma alfândega pastoral” conforme escreveu nessa semana: “Sonho com uma Igreja missionária capaz de
transformar tudo, para que os costumes da Igreja, os modos de fazer as coisas,
os tempos e horários, a linguagem e as estruturas sejam evangelizadoras do
mundo de hoje. Que a Igreja seja um lugar onde todos possam estar sentados na
Ceia do Cordeiro e viver a comunhão com Ele. Abandonemos as polêmicas para
ouvirmos o que o Espírito diz a Igreja, mantenhamos a comunhão”.
Nesse
contexto rezemos hoje pelo Papa, sucessor de Pedro no cuidado com a Igreja e
sejamos solícitos aos seus ensinamentos. Aprendamos com a história da Igreja e
com tantas pessoas que respeitaram e amaram os papas e seus ensinamentos. Tal
como afirmar o padre Dheon: “Para mim, O
Papa é como o Cristo na terra. Devo honrá-lo, amá-lo, obedecer-lhe... os amigos
do Coração de Jesus são amigos de Pedro”.
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