sexta-feira, 1 de julho de 2022

HOMILIA PARA O DIA 03 DE JULHO DE 2022 - SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO - ANO C

 

PERDOAR E ACOLHER

O Evangelho deste domingo é uma conversa amigável entre Jesus e seus discípulos que se conclui com uma pergunta fundamental: “Para Vocês quem sou eu? ” Notemos que a conversa acontece numa região estranha tanto para Jesus quanto dos habitantes em relação a pessoa d’Ele. Fazendo a pergunta crucial Jesus deixa claro que espera dos discípulos uma resposta que brote das suas convicções e não apenas de uma pesquisa de opinião. E toda a conversa se conclui com uma tarefa confiada a Pedro e naturalmente a todos os discípulos: “Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus: Tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. Receber as chaves implica ter a responsabilidade de comunicar o perdão e a reconciliação abrindo as portas para que as pessoas tenham acesso ao Reino de Deus.  

Nesse contexto a Igreja recorda São Pedro e São Paulo, sobre quem os escritos do Novo Testamento permitem reconstruir sua trajetória de vida. Trata-se de duas pessoas apaixonadas por Jesus e por seu projeto. Por força da sua paixão não tiveram medo de enfrentar todas as provações que sua convicção lhes impunha. A liturgia afirma que regaram com seu sangue o terreno onde foi plantada a Igreja.

A pergunta feita por Jesus aos discípulos ecoa em nossos ouvidos e espera de nós uma resposta que implica na atitude de quem está disposto a segui-lo. Ter as chaves significa continuar a missão de Jesus. Ora, no dia do nosso batismo cada um recebeu também as chaves quando o ministro disse: “Você foi batizado para ser Sinal de Jesus Cristo Sacerdote, profeta e pastor”       

Imitar o exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo e tantos outros homens e mulheres ao longo da história é muito mais do que emitir uma opinião sobre Jesus, trata-se de um modo de vida. Tal como Pedro a quem Jesus chamou de feliz por ter dado o seu testemunho, também cada um de nós poderá experimentar a mesma felicidade se tivermos a coragem de nos comprometer com Jesus e o seu projeto que nos desafia a caminhar juntos, acolher, perdoar, abrir as portas. Aprendamos com o Papa Francisco quando afirma: “A Igreja não é uma alfândega pastoral” conforme escreveu nessa semana: “Sonho com uma Igreja missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes da Igreja, os modos de fazer as coisas, os tempos e horários, a linguagem e as estruturas sejam evangelizadoras do mundo de hoje. Que a Igreja seja um lugar onde todos possam estar sentados na Ceia do Cordeiro e viver a comunhão com Ele. Abandonemos as polêmicas para ouvirmos o que o Espírito diz a Igreja, mantenhamos a comunhão”.

Nesse contexto rezemos hoje pelo Papa, sucessor de Pedro no cuidado com a Igreja e sejamos solícitos aos seus ensinamentos. Aprendamos com a história da Igreja e com tantas pessoas que respeitaram e amaram os papas e seus ensinamentos. Tal como afirmar o padre Dheon: “Para mim, O Papa é como o Cristo na terra. Devo honrá-lo, amá-lo, obedecer-lhe... os amigos do Coração de Jesus são amigos de Pedro”.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário