SANTA MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS!
São inúmeras as
motivações que levam os cristãos a se reunir na noite do último dia do ano e no
primeiro dia do novo ano. A liturgia da Igreja nos coloca diante da figura de
Maria Mãe de Deus e nos propõe celebrar o Dia mundial da Paz. Com essas duas
intenções todos nos colocamos como meta e desafio caminhar juntos na
perspectiva de novos tempos, para isso colocamos a nossa vida e tudo o que
amamos nas mãos de Deus pedindo a sua bênção e proteção para todos os sonhos e
projetos.
Tal como o povo de
Israel também nós estamos confiantes que Deus caminhará ao nosso lado como tem
feito em todos os tempos. Ao concluir, com uma ação de graças, o ano de 2022
dizemos todos: “Até aqui nos trouxe Deus”!
E com o autor da primeira leitura repetimos três vezes o nome de Deus confiados
na tríplice bênção que dele recebemos: “O Senhor te abençoe e te guarde! 'O Senhor faça
brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti!
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”! Nenhuma realidade humana fica descoberta ou
desprotegida da bênção de Deus! Obviamente que isso supõe também uma resposta
da nossa parte para que a Bênção de Deus realize tudo aquilo que ela significa.
Na carta aos Gálatas Paulo
volta a recordar a estreita relação que tem a filiação de Jesus com a nossa
condição de privilegiados filhos, livres e amados e por isso podemos como Jesus
chamar a Deus de Abbá, que significa “paizinho”. Cristo veio para libertar a
humanidade de todas as formas de escravidão e de medo: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho
para que todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Assim já não és mais escravo, mas
filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de
Deus”.
Esse Jesus que nos
devolveu a condição de nação livre se deu a conhecer primeiro aos sofridos e
excluídos pastores de Israel, os quais apenas ouviram o anúncio do Anjo foram
apressadamente ao encontro daquele cujo anuncio consistia em garantir uma condição
totalmente nova.
Os pastores não tiveram
dificuldade de reconhecer no menino de Belém o esperado messias e imediatamente
voltaram louvando e glorificando a Deus por lhes ter dado a oportunidade de
experimentar o encontro com Deus libertador.
Outra atitude
extraordinária narrada no Evangelho é o comportamento da Mãe do menino: “Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e
meditava sobre eles em seu coração”. Sem compreender o significado de tudo o
que estava acontecendo Maria permaneceu observando e meditando os sinais que
Deus realizada na história.
O comportamento de Maria e dos pastores pode ser chamado de atitude
missionária que também cada um de nós é convidado a cultivar todos os dias do
novo ano, de maneira discreta, mas atuante e transformadora somos convidados a
agir como os pastores: “Os pastores voltaram, glorificando e
louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido”. Façamos isso
cantando com o Salmista:
Que
Deus nos dê a sua graça e sua bênção.
Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, *
que todas as nações vos glorifiquem!
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, *
e o respeitem os confins de toda a terra!