segunda-feira, 11 de abril de 2011

HOMILIA PARA O DIA 17 DE ABRIL DE 2011

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

Leituras: Procissão - Mt 21,1-11; Missa: Is 50,4-7;
 Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a);  Fl 2,6-11; Mt 26,14-27,66.

Não há porque duvidar que o gesto de apresentar os ramos para ser abençoado, com eles acenar e proclamar que acreditamos em Jesus Cristo e na sua Palavra, é testemunho suficiente e que confirma nossa disposição de continuar caminhando com Jesus.
Nos últimos 40 dias, tempo da quaresma, viemos nos preparando para celebrar a Páscoa, a vitória da vida. Eis que o dia se aproxima! Ouvindo os evangelhos fomos confirmando nossa disposição de proclamar com os personagens envolvidos a cada domingo: “Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus!”.
Embora com tonalidades distintas, os dois textos do Evangelho, hoje proclamados, reforçam a mesma condição: Jesus é o novo  Rei. Nesta condição não teria necessidade de passar pela dor e o sofrimento, entretanto sua condição divina, sua disposição em cumprir as profecias o levam a proclamar com toda a sua convicção: “Pai não se faça a minha, mas a tua vontade”.
O convite desta celebração, para nossa reflexão e norte para o cotidiano ficou expresso no salmo que rezamos. Ou seja, como Jesus, provado pelo sofrimento  e  apesar de tudo proclamar:
Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,
ó minha força, vinde logo em meu socorro!
Anunciarei o vosso nome a meus irmãos
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,
e respeitai-o toda a raça de Israel!
Nas celebrações da semana santa, acompanhemos o Senhor, não para gritar como fizeram os Judeus em Jerusalém, mas prostremo-nos diante dele com a certeza que sua presença no meio de nós nos faz discípulos e missionários para os novos tempos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SOBRE A SEMANA SANTA...

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR
(LEIA TAMBÉM NESTE BLOG O TEXTO SOBRE O "CICLO PASCAL")

Celebrar o domingo de Ramos, com a procissão e Bênção dos ramos foi uma prática que se desenvolveu ao longo de três séculos na liturgia da Igreja.  A primeira informação que se tem sobre a prática de uma procissão solene para comemorar a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém data do século V, e isso se fazia com uma procissão na tarde do domingo que antecedia a Páscoa.
Aos poucos a celebração do Domingo de Ramos também ganhou o status de celebração de abertura da Semana Santa, também chamada de Semana Maior. Pouco a pouco, primeiro no oriente e depois no ocidente o rito dos ramos foi sendo celebrado.
Por volta do século VI na Espanha, aqueles que seriam batizados na páscoa, passaram a receber o Creio que tinha seu sentido enriquecido e melhor compreendido com a aclamação de Jesus como Rei. O Rito da entrega do símbolo compreendia a leitura do Evangelho de João 12, 1 – 14. (A Unção em Betânia e a entrada em Jerusalém).  Com este rito quase que automaticamente este dia passou a ser denominado: “Domingo de Ramos”.
Com toda a certeza, inicialmente o que se chama hoje “Domingo de Ramos”, era conhecido como “Dia da Paixão”, a procissão e bênção dos ramos se constituiu num acréscimo tardio.
No chamado sacramentário Gelasiano, que recebe este nome por ter sido promulgado pelo Papa  Gelasio por volta do ano 450, o domingo que antecedia a Páscoa foi chamado de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.
Por volta do século VII, o ocidente cristão admitiu na liturgia deste domingo a procissão com os ramos e por volta do século VIII teve início a prática da bênção dos ramos.  Roma passou a celebrar o domingo de Ramos por volta do século X.
A liturgia do domingo de ramos, conforme se celebra hoje, é resultado da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II. Ela se constitui de duas partes distintas cuja importância maior recai na Leitura da Paixão.
O primeiro momento da celebração deste domingo se constitui da proclamação do Evangelho da entrada solene de Jesus em Jerusalém com a Bênção dos Ramos e, normalmente, procissão solene, que não significa necessariamente longa caminhada. Em todo o caso o sentido da caminhada está relacionado ao tempo quaresmal. Passamos o período de preparação e nos encontramos com Jesus entrando na Cidade Santa, que em outras Palavras se pode dizer: entrando na dinâmica da Vida – isso é, a Páscoa!
Em seguida, já no interior da Igreja,  se lê o Evangelho da Paixão do Senhor com a celebração da Eucaristia. Constitui-se na abertura da Semana Santa e na preparação imediata para a Páscoa.
A piedade popular transformou o domingo de Ramos numa celebração solene, muitas vezes se encerrando nele mesmo e com fraca ou nenhuma relação com a páscoa. Trazer Ramos para ser abençoados e depois guardá-los durante o ano, muito mais do que servir como um escudo para as dificuldades deveria ser uma lembrança firme e coerente de que o único Senhor da nossa vida é Jesus Cristo, aquele cuja confissão de fé foi dada por Marta, irmã de Lázaro: “Eu creio Senhor que tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo!”.

HOMILIA PARA O DIA 10 DEABRIL 2011


5° DOMINGO DA QUARESMA
Leituras:  1ª Leitura - Ez 37,12-14; Salmo - Sl 129,1-2.3-4ab.5-6.7-8 (R.7);
2ª Leitura - Rm 8,8-11; Evangelho - Jo 11,1-45

O volume de chuvas que tem caído em diversas regiões, com intensidade muito maior do que a meteorologia prognosticou, tem causado prejuízos incalculáveis e mortes injustificadas. Simultaneamente ocorrem rajadas de vento com velocidades surpreendentes que derrubam e destroem impiedosamente.
Em outros dias é o calor intenso, seguido de frente fria que impede qualquer condição de bem viver e de tranqüilidade diante destes fenômenos  que não se costumava assistir em nenhuma parte do mundo. Não, pelo menos, com tamanha freqüência e intensidade.
Estas realidades nos fazem admitir: O mundo está doente! E de fato os estudiosos apontam distintas explicações que nem sempre convencem e muito menos justificam o que está acontecendo  com o planeta. 
A campanha da fraternidade, neste ano, sugere a reflexão com o lema: Fraternidade e a vida no planeta.  No texto base, que serve de princípio norteador para a reflexão se lê:  “Há necessidade de se recolocar no centro  da pauta da humanidade o cuidado com o mundo vital, juntamente com ações de cunho social”.
Ora, é isto que a Palavra de Deus, proposta para este domingo, nos convida a enxergar. O profeta Ezequiel fala para um povo que experimentava distintas experiências de morte, de queda e sem esperança. A estes o profeta anuncia o desejo de Deus: “Porei em vocês o meu espírito para que vivam”.
São Paulo escreve aos Romanos dizendo: O Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dentre os mortos fará viver também a cada  um de  vocês.
Porém algumas atitudes são necessárias para aqueles que querem ver a vida triunfar. E as atitudes estão descritas no Evangelho.  Sabendo da doença de Lázaro, Jesus convoca os seus discípulos para tomar uma atitude: “Vamos até Betânia!”  Chegando ao local onde estão o morto, seus familiares, amigos e até consoladores inoportunos, Jesus faz a mesma provocação que já ouvimos no episódio da Mulher Samaritana e do Cego de nascença: “Você acredita no Filho do Homem?”  A corajosa resposta das irmãs Marta e Maria faz Jesus se aproximar do lugar onde está o morto e dar o veredicto final: “Lázaro vem para fora!” E o desfecho deste diálogo é a ressurreição daquele que estava morto e sua conseqüente autonomia: “Desatai-o  e o deixem andar!”.
Os “Lázaros” cuja morte choramos hoje,  as sepulturas que “Já cheiram mal” na sociedade moderna estão se repetindo cotidianamente nas catástrofes ambientais, das quais já se falou acima e que ocupam grande parte dos noticiários e das preocupações de toda a sociedade.
O comportamento desejado de cada criatura humana, a começar por nós,  nesta quaresma é o mesmo que foi pedido ao Povo do Exílio para quem falou Ezequiel, da Comunidade de Roma a quem escreveu São Paulo, das Irmãs Marta e Maria e dos judeus que estavam em  Betânia. Acreditar nas palavras de Jesus: “Jesus levantou os olhos para o alto e disse: 'Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste.'
Diante disso também a nó é pedida uma atitude: Desamarrar o morto e deixá-lo andar. Está claro para todos que o Lázaro por quem choramos hoje é a mãe da terra com toda a sua beleza. A criação que geme em dores de parto pede de cada um respeito e cuidado.
Rezemos a fim de que o Espírito de Deus molde nossos comportamentos e modifique nossas atitudes como efeito da observância desta quaresma.


segunda-feira, 28 de março de 2011

HOMILIA PARA O DIA 03 DE ABRIL 2011


IV  DOMINGO DA QUARESMA 2011

Leituras:  1ª Leitura - 1Sm 16,1b.6-7.10-13ª; Salmo - Sl 22,1-3a.3b-4.5.6 (R. 1);
2ª Leitura - Ef 5,8-14; Evangelho - Jo 9,1-41

É possível sobrevier sem luz? Sim, as pesquisas científicas indicam que a partir de 200 metros de profundidade dos oceanos habitam alguns criaturas com capacidade de sobrevivência sem luz.
Por outro lado a escolha de apagar as luzes em solidariedade ao planeta, como o movimento que aconteceu no sábado 26/03, indica uma alternativa contra  o uso abusivo dos recursos disponíveis para o ser humano.
Mais que isso, aprender a viver num mundo sem luz é o que se chama adequar-se às formas tardias de cegueira.
Como alternativa para a cegueira de nascença, a medicina moderna apresentou inúmeras alternativas para uma vida com mais dignidade e maior integração à sociedade.
Toda esta realidade aparece, de algum modo, no texto do Evangelho deste domingo que nos sugere abrir os olhos para outras realidades cuja caminhada quaresmal rumo à páscoa nos faz entender melhor.
O longo diálogo de Jesus com o cego e entre as autoridades de Jerusalém aponta para a missão do Messias. Mais do que fazer enxergar as realidades físicas, Jesus abre os olhos do cego para que veja e reconheça quem o homem que lhe curou da cegueira. Reconhecendo Jesus, o cego de nascença é colocado na mesma condição da Mulher Samaritana: “Quem é o Messias para que eu creia nele?”  Diante dos questionamentos das autoridades de Jerusalém o que havia sido curado confirma:  “De uma coisa eu tenho certeza: Eu era cego e agora vejo. Sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aquele que é piedoso e  que faz a sua vontade. Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de  nascença. Se este homem não viesse de Deus, não poderia fazer nada”.
Na pessoa do cego e daqueles que acreditam numa nova forma de vida está também indicado um novo jeito de viver e de enxergar o mundo.
O mesmo fato se deu por ocasião da unção de Davi como Rei de Israel. Aos olhos humanos o novo Rei  seria escolhido pelas aparências, mas o profeta foi convidado a enxergar muito além do que seus olhos podiam ver: “Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração”.
É nesta mesma direção que também São Paulo faz o convite à comunidade de Éfeso: “Vivam como filhos da Luz”.
Eis o convite e a lição que nos dá a Palavra de Deus neste domingo. Diante de tantos apelos, mediante tantas ameaças, sujeitos a inúmeras situações de descaso para com a obra criada, somos convidados nesta quaresma, enxergar o mundo com outro olhar e tratar a obra criada, com o respeito de quem se sabe Filho da Luz cuja responsabilidade é facilitar que a luz esteja acessível a todos quantos vivem hoje bem como às futuras gerações.
A luz que recebemos de Deus pede de cada um e de todos atitudes de caridade e de responsabilidade com a vida de todas as criaturas.
Deixemo-nos moldar pela penitência, pela oração, pelo Jejum e por todas as práticas quaresmais em vista da Páscoa de Jesus e da páscoa de toda a humanidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

HOMILIA PARA O DIA 27 DE MARÇO 2011


TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA

Leituras:  Ex 17,3-7; Sl 94,1-2.6-7.8-9 (R. 8);
 Rm 5,1-2.5-8; Jo 4,5-42
“Os mananciais do planeta estão secando rapidamente, o que vai se somar ao crescimento populacional, à poluição e ao aquecimento global, resultando na diminuição da quantidade de água disponível para cada pessoa no mundo. A quantidade per capita no mundo vem caindo desde 1970. Segundo alerta relatório das Nações Unidas, a escassez da água vai afetar diretamente a qualidade de vida. Atualmente já são 2 bilhões de pessoas enfrentando a falta de água, a previsão é que em 2025 este número dobre. Em cem anos o consumo de água cresceu 6 vezes, taxa duas vezes maior que o crescimento demográfico” (http://educacao.uol.com.br/geografia/escassez-de-agua-quais-as-areas-mais-atingidas.jhtm.)
Noticias com este teor são abundantes em todas em todas as mídias sociais. Dentre as necessidades humanas mais elementares, uma delas é  saciar-se com água de boa qualidade. Além da necessidade física de água o ser humano criou um sem número de outras necessidades e simbologias que indicam a preciosidade deste bem.
Na Igreja a água está associada ao batismo, ao perdão dos pecados, à vida nova e assim por diante.  A Palavra de Deus proclamada agora a pouco, parte da necessidade humana de água e aponta para a saciedade espiritual que se dá pelo reconhecimento de Deus e do seu projeto.
Assim no evangelho temos a narração de um encontro inusitado e incomum de Jesus com uma mulher. Quebrando dois tabus da sociedade de outrora, Jesus fala com uma mulher que é também Samaritana.  No meio do diálogo sobre a sede de água surge o extraordinário reconhecimento sobre quem é Jesus e quem é a mulher. Quais sãos as possibilidades de um e as necessidades do outro.
Reconhecendo que o líquido precioso do poço de Jacó é imprescindível para a vida das pessoas Jesus provoca na sua interlocutora uma atitude de confiança. Ao mesmo tempo em que admite sua fragilidade em relação ao seu estilo de vida, a mulher também se abre para a novidade trazida por aquele que se faz reconhecer messias. Mediante a pergunta: Onde é o lugar para a verdadeira adoração ao Pai, Jesus responde ajudando a mulher reconhecer que Deus está em todos os lugares onde as pessoas aceitam uma nova forma de viver e de se relacionar entre si e com a obra criada.
Em resumo, a garantia de vida digna depende da aceitação de Jesus como um dom do Pai para o mundo.  E isso a mulher faz muito bem: “Venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Será que ele não é o messias?”
A mulher samaritana, cujo nome não aparece no evangelho é a repetição da situação vivida pelo povo de Israel e narrada na primeira leitura. Mesmo experimentando a liberdade da escravidão, mesmo tendo sido alimentado com o maná no deserto, experimenta uma crise de confiança e duvida da presença de Deus entre eles.
Situação completamente diferente é a que narra o texto de São Paulo aos Romanos: A fé em Jesus Cristo garante a paz com Deus! Por isso mesmo nós também rezamos no salmo: “não fecheis os corações, ajoelhemos ante o Deus que nos criou”.
Concretamente, diante da transformação porque passa o mundo, somos convidados nesta quaresma à penitência e à conversão: “ajoelhemo-nos ante o Deus que nos criou deixemo-nos ensinar e moldemos nossa vida para o respeito com “a criação que geme em dores de parto” e cujas conseqüências são abundantemente sentidas e das quais temos boa parte de responsabilidade.
“Senhor dá-nos água viva para que não tenhamos mais sede!”

quinta-feira, 17 de março de 2011

HOMILIA PARA O DIA 20 DE MARÇO DE 2011


SEGUNDO DOMINGO DA QUARESMA 2011

As catástrofes ambientais que se sucederam em diversas partes do mundo nos últimos dias nos ajudaram a perceber e examinar nossas atitudes em relação a preservação e a qualidade de vida para as próximas gerações. Diante de todo o sofrimento porque passam sociedades inteiras, algumas palavras são repetidas em abundância, entre elas ressoam com muita força: Recomeçar, Solidariedade, Ir para frente, Coragem e assim por diante.

Embora não explícitas as mesmas expressões podem ser lidas nos textos bíblicos que ouvimos neste domingo. Para Abrãao ressoa o convite: “Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. O texto serve como uma palavra de esperança e de coragem diante de todas as provações pelas quais passava Abrãao na sua terra, de onde foi convidado a sair.
São Paulo na carta a Timóteo insiste: “Sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade”. Ou seja, vamos recomeçar, Deus se fez solidário diante dos sofrimentos e provações.
No texto do Evangelho é Jesus mesmo quem se recusa a permanecer na montanha, por mais que seja um lugar onde o sofrimento não exista e a proximidade de Deus pareça ser muito evidente, por meio dos sinais teofânicos expressos na nuvem, na voz vinda do céu, nas pessoas de Moisés e Elias. Enquanto Pedro está decidido a permanecer por aí Jesus declara: “Levantai-vos, e não tenhais medo”.

Estas exortações são dadas também para nós neste domingo e servem como um convite à penitência e a conversão, atitudes próprias do tempo da quaresma. É importante e necessário admitir que boa parte  da fragilidade que nossa sociedade experimenta é resultado do uso indevido que temos feito de nossa liberdade. E fruto da irresponsabilidade em relação à preservação do planeta e da pouca preocupação com o futuro da humanidade. A hora não é de ficar parado. Diante da Criação que geme em dores de parto somos convidados como Abrãao, como os apóstolos e fortalecidos a exemplo de Tímóteo  Coragem! Vamos pra frente.
O monte Tabor, onde como Jesus, também nós, experimentamos Deus, pode ser comparado a esta reunião de irmãos na qual  partilhamos a Palavra, a Eucaristia, e nos exercitamos na solidariedade.
Aqui rezamos com o Salmista: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação!
Temos confiança que o “Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria”.
Que o Senhor  nos ajude e a oração dos irmãos nos fortifique a fim de que nenhuma adversidade possa superar nossa esperança. Afinal de contas  o convite feito a Abrãao e a Pedro é o mesmo dirigido a nós: Levantem-se não tenham medo!