COLOCAR EM PRÁTICA O QUE FOI
APRENDIDO
A música, a poesia e os versos são maneiras
extraordinárias utilizadas com muita frequência para manifestar os sentimentos,
a admiração e o afeto entre as pessoas. São os chamados recursos de linguagem,
ou as metáforas que de maneira simbólica dizem coisas extraordinárias sobre os
relacionamentos entre as pessoas.
A liturgia deste domingo, é mais uma vez, repleta destas
figuras com a intenção de expressar o cuidado de Deus. Tanto o profeta Isaias
como o texto do Evangelho usam imagem da videira como pano de fundo para
revelar a relação de Deus com a comunidade de Israel. Isaias termina a leitura saindo das comparações
para a realidade: “Pois bem, a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e o povo de
Judá, sua dileta plantação; eu esperava deles frutos de justiça - e eis
injustiça; esperava obras de bondade - e eis iniquidade”. O profeta coloca a comunidade
diante da própria consciência fazendo-a tomar uma posição em relação a sua
falta de responsabilidade no que se refere a condição de produzir boas obras e
corresponder ao que Deus realizou em seu favor.
Jesus,
no Evangelho, também termina com uma provocação aos chefes do povo sobre o
comportamento daqueles que foram colocados como responsáveis pelo sucesso da
colheita e o pagamento do contrato que havia sido estabelecido entre as partes:
“Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o
que fará com esses vinhateiros”. A resposta deles pode ser comparada ao provérbio popular
que diz: “beberam do seu próprio veneno”. Os fariseus foram unanimes afirmando
que os arrendatários deveriam ser castigados por sua deslealdade com o dono da
vinha. Diante disso Jesus faz uma das mais duras críticas àqueles que se acham
donos das pessoas e das instituições, roubam a dignidade e as fazem objetos dos
seus interesses.
No salmo
a Igreja inteira, faz hoje de novo uma prece pedindo que Deus tenha piedade do
seu povo com a consequente promessa de nunca mais se afastar do seu projeto: “Voltai-vos
para nós, Deus do universo! Olhai dos altos céus
e observai. Visitai a vossa vinha e protegei-a! Foi
a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao
rebento que firmastes! E
nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos
vida, e louvaremos vosso nome”.
São
Paulo, na carta aos filipenses transmite um conselho que merece ser considerado
também na atualidade: “Irmãos: Não vos
inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as
vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de
graças. Ocupai-vos com tudo o que é
verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou
de qualquer modo mereça louvor. Praticai o que
aprendestes e recebestes de mim, ou que de mim vistes
e ouvistes. Assim o Deus da paz estará convosco”.
Que
Maria, Mãe de Deus e da Igreja acompanhe a todos no desafio diário de produzir
frutos que correspondam ao amor de Deus por seu povo.
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