O SENHOR É A NOSSA ROCHA SEGURA
Os fatos que se sucederam nos últimos
dois anos marcaram de uma maneira tão extraordinária a humanidade inteira e
podem servir de lição para todos: Céus e terra passarão e nós passaremos com
eles. A realidade finita da existência humana poderá ensinar a todos que em
virtude da brevidade da vida a nossa mente orgulhosa, prepotente, não tem nenhuma
importância. Essa lição se reforça com a Palavra de Deus deste domingo.
“Ouve,
Israel, e cuida de os pôr em prática, para seres feliz
e te multiplicares sempre mais, na terra onde corre leite e mel, como te
prometeu o Senhor, o Deus de teus pais”. Esse pedido com
força de lei que Moisés apresenta ao povo deixa claro três ações que dizem
respeito a cada pessoa do nosso tempo: Escutar com os ouvidos, acolher com o
coração e colocar em prática com as mãos!
O autor da carta aos Hebreus repete o
jogo de verdades entre a finitude de tudo o que é deste mundo e aquilo é
definitivo. Em outras palavras reforça a diferença entre as realidades perfeitas
e as imperfeitas. Jesus é o sacerdote por excelência e nele todos alcançaremos
a perfeição para isso é imprescindível que imitemos Jesus no que diz respeito a
amar a Deus e amar as pessoas.
Respondendo a mais uma provocação de
um mestre da lei: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e com toda a tua força! O segundo
mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não
existe outro mandamento maior do que estes”. Jesus deixa claro
que não se trata de fazer escolhas entre rezar e trabalhar, amar a Deus e amar
aos irmãos, cumprir os mandamentos e colocar em prática. Trata-se de fazer as
duas coisas ao mesmo tempo.
O Evangelho desse
domingo nos desafia a praticar uma verdadeira religião que consiste em nos
tornar amorosos para com todos. Se deixar de cumprir os mandamentos Jesus nunca
colocou no centro das suas preocupações a prática da lei, mas sim em fazer a vontade
do Pai e isso implica a entrega da vida em favor da vida das pessoas.
E isso nos pede a
Igreja hoje nas palavras do Papa Francisco: O amor de Jesus,
porém, é ação. Isso vale para todas as instâncias da vida e, especialmente,
para a vivência religiosa. “Não quero uma
Igreja preocupada com ser o centro e que acaba presa num emaranhado de
obsessões e procedimentos. Saiamos para
oferecer a todos a vida de Jesus Cristo. Prefiro uma igreja acidentada, ferida,
enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma e agarrada as
próprias seguranças”.
Não tenhamos medo! Afinal
é isso que cantamos no salmo desse domingo! “Eu
vos amo, ó Senhor, porque sois minha força”
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