DEUS
VEIO AO NOSSO ENCONTRO
Por medo, para não se envolver em problemas que não
são nossos, por simples curiosidade facilmente ficamos olhando a distância os
inúmeros problemas pelos quais passam muitas pessoas na sociedade
contemporânea. A narrativa da Paixão termina dizendo que José de Arimatéia, por
medo, foi às escondidas tirar o corpo de Jesus da Cruz, outra versão da paixão
fala de uma multidão que ficou a distância observando tudo o que estava
acontecendo. Segundo o Papa Francisco um dos graves pecados da atualidade é a
indiferença, ou seja, sacudimos os ombros e fazemos de conta que o problema não
é nosso ou temos medo de nos expor diante dos sofrimentos de tantos que gritam
por socorro em nossa sociedade.
Morrendo na cruz Jesus se mostrou Solidário com os
pobres e sofredores. Ele assumiu a cruz por fidelidade à missão que o Pai lhe
confiou. Fazendo memória do gesto de Jesus somos convidados a seguir seus
passos e fazer comunhão com tantas pessoas vítimas da pandemia e que não
tiveram acesso à medicina e outros recursos de tratamento, aos desempregados,
aos jovens fora da escola, tantos excluídos, desprezados e marginalizados de
muitas maneiras até por nós cristãos de missa dominical.
Muitas vezes nos tornamos cúmplices da violência
contra os justos, são tantos os que precisam ser amados, acolhidos,
respeitados. Não são poucas as pessoas acusadas injustamente pelo simples fato
de se fazer próximo daqueles que a sociedade discrimina e condena.
A sociedade tem medo de mostrar o Cristo
Crucificado porque não quer se comprometer com a forma como Jesus amou a
humanidade. Celebrar a paixão do Senhor é um convite a fazer como Ele fez.
Olhar para a cruz implica oferecer nosso tempo, nossa inteligência, nossos
esforços para o bem de todos.
A sexta feira da paixão nos deixa claro que Jesus é
o rosto de Deus Pai que veio para mostrar a sua misericórdia que fica
absolutamente clara nas palavras d’Ele mesmo: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem
o que fazem”!
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