quarta-feira, 13 de abril de 2022

HOMILIA PARA O DIA 15 DE ABRIL DE 2022 - SEXA FEIRA DA PAIXÃO - ANO C

 

DEUS VEIO AO NOSSO ENCONTRO

Por medo, para não se envolver em problemas que não são nossos, por simples curiosidade facilmente ficamos olhando a distância os inúmeros problemas pelos quais passam muitas pessoas na sociedade contemporânea. A narrativa da Paixão termina dizendo que José de Arimatéia, por medo, foi às escondidas tirar o corpo de Jesus da Cruz, outra versão da paixão fala de uma multidão que ficou a distância observando tudo o que estava acontecendo. Segundo o Papa Francisco um dos graves pecados da atualidade é a indiferença, ou seja, sacudimos os ombros e fazemos de conta que o problema não é nosso ou temos medo de nos expor diante dos sofrimentos de tantos que gritam por socorro em nossa sociedade.

Morrendo na cruz Jesus se mostrou Solidário com os pobres e sofredores. Ele assumiu a cruz por fidelidade à missão que o Pai lhe confiou. Fazendo memória do gesto de Jesus somos convidados a seguir seus passos e fazer comunhão com tantas pessoas vítimas da pandemia e que não tiveram acesso à medicina e outros recursos de tratamento, aos desempregados, aos jovens fora da escola, tantos excluídos, desprezados e marginalizados de muitas maneiras até por nós cristãos de missa dominical.

Muitas vezes nos tornamos cúmplices da violência contra os justos, são tantos os que precisam ser amados, acolhidos, respeitados. Não são poucas as pessoas acusadas injustamente pelo simples fato de se fazer próximo daqueles que a sociedade discrimina e condena.

A sociedade tem medo de mostrar o Cristo Crucificado porque não quer se comprometer com a forma como Jesus amou a humanidade. Celebrar a paixão do Senhor é um convite a fazer como Ele fez. Olhar para a cruz implica oferecer nosso tempo, nossa inteligência, nossos esforços para o bem de todos.

A sexta feira da paixão nos deixa claro que Jesus é o rosto de Deus Pai que veio para mostrar a sua misericórdia que fica absolutamente clara nas palavras d’Ele mesmo: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”!

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