sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

HOMILIA PARA O DIA 23 DE JANEIRO DE 2011

TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: Isaias 8,23b – 9,3; Salmo 26(27);
1Coríntios 1,10-13.17; Mateus 4,12-23.

Ninguém melhor do que as vítimas das tragédias da Região Serrana no Rio de Janeiro sabe, nestes dias, o que significa a expressão: “O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Ou seja, cada vez que uma equipe de resgate se aproxima dos sobreviventes e atingidos pela catástrofe os vitimados experimentam uma luz nova em suas vidas, a possibilidade de um novo começo.
Pois foi isso o que representou para o povo do Antigo Testamento as palavras do profeta Isaias cujo texto lemos hoje. Igualmente foi isso o que significou para o sofrido povo que vivia às margens do Mar da Galileia Jesus fixar residência nas suas proximidades.
As tribos, pra quem Isaias escreveu eram escravas dos estrangeiros viviam em condição de sombra, tristeza e morte. Como não poderia deixar de ser a palavra do Profeta é de esperança e de conforto: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz”. E referindo-se a ação de Deus o profeta afirma: “Multiplicaste sua alegria, redobraste sua felicidade, pois a canga que lhes pesava o pescoço foi quebrada”.
Não sem razão nós damos também a resposta com o Salmo: “O Senhor Deus é minha luz e salvação, de quem terei medo? O Senhor me livra de todo o perigo!”.
E se tem alguém que nos garante que essa luz não deixará de Brilhar, essa pessoa se chama Jesus Cristo. É sobre isso que Paulo chama a atenção da comunidade de Corinto, não se apegar e supervalorizar outras verdades e outras palavras, uma só coisa é necessária e fundamento de tudo: A pessoa de Jesus e sua única verdade.
Esta verdade o povo da Galileia havia experimentado quando Jesus foi morar na região, com a chegada de Jesus começam a acontecer os sinais do Reino: “ensinamento, curas, milagres, serviço, testemunho”. É ali que Jesus começa formar sua comunidade chamando os primeiros discípulos, de quem recebe uma resposta categórica e imediata. Feita a proposta: “Venham: eu lhes ensinarei a pescar gente! Imediatamente deixam o mar e a barca e seguem a Jesus”.
Também a nós, em determinados momentos de nossa vida já passamos por situações de provação, de escuridão. Situações em que a “canga” pesou demais sobre nós. Momentos nos quais continuar pescando nos mares que já estávamos habituados em nada parecia vantajoso. Eis que Jesus nos convidou, nós ou por nossos pais aceitamos o convite quando fomos batizados. Ao longo da vida, muitas outras situações se apresentaram nos pedindo novas respostas, novas atitudes, outras decisões.
Aqui estamos Cristãos do século XXI. Celebrando a Eucaristia somos novamente desafiados à conversão, somos uma vez mais desafiados a entrar na dinâmica do Reino. De uma coisa podemos ter certeza: “O Senhor, e somente ele, é luz e salvação”.
Nestes dias, diante de tantas urgências, peçamos a graça de nos fazer sinais do reino, do modo mais autêntico e comprometido com ajuda de seja adequada àqueles que estão experimentando o peso da tragédia e da dor. Que esta Palavra e a Eucaristia nos ensinem o caminho e a resposta.

sábado, 8 de janeiro de 2011

ISTO É MEU CORPO, COMEI!


“Após ir a uma missa comecei a pensar a respeito da Eucaristia, pois ao ir comungar o Padre falou o seguinte:
Jesus Cristo, ao qual respondi Amém.
Na Eucaristia nós recebemos o corpo e o sangue de Jesus Cristo, o qual nós ingerimos.
Gostaria de saber se é ou não canibalismo, pois estamos comendo o Corpo e Sangue de Cristo?
Se puderem, esclareça a minha dúvida.
ass: Jhordan 12 anos”

            O comentário a cima recebi no meu blog e preferi não publicá-lo no texto em que foi postado, mas procurarei ajudar o “inquieto” Jhordan a melhor compreender a Eucaristia. Quem sabe esta dúvida seja comum a muitos na sua idade. Espero poder responder com palavras simples um tema tão complexo. A preocupação do Jhordan não deixa de ter fundamento a partir do significado da palavra canibalismo, na medida em que esta é entendida desde a raiz grega da palavra antropofagia.                                                Anthropos = Homem;  Phagein = Comer.
  No uso comum a palavra foi sendo substituída pelo termo em questão: canibalismo que significa o ato de consumir parte dos corpos dos seus amigos e parentes mortos. Todavia, na medida em que o termo antropofagia é aplicado no contexto cerimonial ou religioso ele não pode ser entendido como canibalismo. Em distintas tribos o costume de comer a carne dos seus semelhantes tem se constituído num ritual religioso de prestar culto, respeito e desejo de adquirir as características da pessoa cuja carne serve de alimento.
             Pois é neste sentido que convido o Jhordan e a todos quantos se inquietam com a pergunta feita por ele  a me acompanhar nesta breve reflexão. Vamos lá!
             Comer o corpo de Cristo pode ser considerado canibalismo?
Antes de tudo canibalismo consiste em devorar com ferocidade o semelhante que se encontra indefeso ou morto. Não é este o caso que se dá em relação ao Corpo de Cristo, pelo contrário ele mesmo se dá em comida e bebida e se dá livremente. Ele mesmo declarou: “Ninguém tira a minha vida eu a dou livremente”.
A segunda verdade a ser compreendida em relação à Eucaristia consiste em compreendê-la no contexto da memória do sacrifício oferecido por Cristo ao Pai. Na celebração da Eucaristia não se faz um novo sacrifício do Filho de Deus, cujo corpo ser recebe em comunhão. A Missa é uma celebração memorial, que não é também uma simples lembrança, trata-se de viver na plenitude todo o significado de oferenda feita por Jesus do seu corpo e sangue, mas, sobretudo, da sua vida inteira ao Pai por causa da humanidade.
Terceiro, o corpo de Cristo que se comunga não pode ser reduzido à dimensão física, por isso mesmo parece muito sugestivo que na hora da comunhão o ministro que lhe entregou a Eucaristia tenha lhe apresentado o pão consagrado e lhe feito, quase em forma de pergunta: Isto é Jesus Cristo, você aceita? E você respondeu Amém, cuja palavra significa, “é isso mesmo, eu aceito”.
De modo que na comunhão o que se recebe não é o corpo de Cristo no seu sentido estritamente carnal, mas o Corpo de Cristo na sua totalidade, isso é, na sua dimensão humana, mas também divina, transcendental, que vai muito além da sua condição física.
Comer o Corpo de Cristo, de modo nenhum se constitui uma atitude antropofágica, canibal. Muito pelo contrário, é possível dizer que a comunidade cristã se alimenta do Corpo de Cristo para lhe prestar uma homenagem em relação ao que Ele fez pela humanidade, é ao mesmo tempo uma disposição para fazer o que ele mesmo fez: “Se Eu, o mestre e Senhor, lavei os seus pés, vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz”. Ou seja, receber o Corpo de Cristo é colocar-se a serviço de todos em vista de um mundo melhor e mais fraterno.
           Neste sentido longe de ser uma atitude feroz e violenta, comungar Jesus Cristo é um gesto de ternura o qual matem uma íntima relação com toda a razão de ser da Igreja, isto é, Vocação para o serviço.
          Caro Jhordan espero ter sido claro e ajudado a compreender melhor a Missa que você participa e a Eucaristia que lhe serve de alimento, a fim de ser sempre melhor e mais fiel discípulo de Jesus a serviço da vida e da esperança.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

 LONGE DOS OLHOS, PERTO DO CORAÇÃO...

O essencial só se vê com o coração  

O axioma, de domínio popular, me parece ser aplicável para tratar da Educação e da Educação a Distância. No texto que faz parte da bibliografia para o curso de tutoria online do SENACPR, proposto pelas Educadoras Laura Coutinho e Heloísa Padilha, são apresentados fundamentos para o tema a partir de distintas ciências.
Permito-me afirmar que sob todos os pontos de vista a Educação tem sempre como sujeito o destinatário, o educando, esteja este onde estiver. É daí que podemos afirmar que quando o outro não aprende não se pode dizer que houve educação. Esta verdade já fazia parte do conceito de educação na antiguidade. Em Platão e Santo Tomás de Aquino já temos a compreensão da educação como a condição para que o ser humano se realize na sua plenitude, isto é, das mãos do educador sai o ser humano na sua inteireza.
Com base nisto quero reafirmar a ideia implícita no axioma de abertura desta reflexão: Ou o sujeito da educação, da aprendizagem, interage com o educador ou não participa do processo e consequentemente não aprende.
A Filosofia, e as outras ciências que servem de fundamento para o texto em questão tratam sempre do educando a partir desta ótica. Alias não poderia ser diferente, sob o ponto de vista da filosofia é imprescindível pensar educação sem perguntar os porquês e, sobretudo porque ou o que leva o educando a aprender ou deixar de aprender. Esta realidade implica em interatividade, proximidade que não será necessariamente física.
Já a psicologia se debruça sobre o indivíduo a partir dos processos particulares e até internos de cada educando. Há de se convir que
não exista educação para o sujeito isolado, posto que nenhum homem seja uma ilha, nem tampouco vive alheio a situação concreta do mundo que o cerca. A psicologia trata do educando como um indivíduo que integra e que se integra no conjunto da coletividade. E a isto se pode afirmar como sendo parte do campo próprio da sociologia na sua relação com a psicologia e a filosofia.
No complexo mundo da interatividade e da conectividade de cada individuo com os outros da sua espécie desponta a antropologia. O ser humano aprende e ensina no respeito às diversidades e particularidades de cada um dos que com ele convivem com ampla liberdade e necessidade de complementaridade.
Todo esse processo se realiza na história. Posto que tanto a educação, quanto a sociedade e o ser humano inserido nelas vivem num tempo na mesma proporção que constroem o tempo, fazem história e a pontuam com suas realizações.
Dito isto, mais um vez, é necessário afirmar que a interatividade é uma condição “sine qua”, para que educação aconteça. Interatividade não significa outra coisa se não proximidade que não necessariamente será restrita a proximidade física. A isto chamo de “perto do coração”.
É precisamente no “perto do coração” que se situa educação a distância. As duas autoras, na entrevista sugerida para a reflexão, tratam do elemento a distância muito mais do que sob o ponto de vista da conectividade com o virtual. Fazendo um passeio pela memória trazem à tona a questão das “tarefas de casa”. Atividade bastante comum na educação tradicional até os dias de hoje. A novidade da educação a distância é que estas atividades já não serão
realizadas “longe” do professor, mas em estreita relação com ele mediante as tecnologias de informação e comunicação.
Este modo de fazer educação é muito mais interativo do que muitas vezes a presença física do educando enquanto sua mente viaja para universos imaginários desligando-se do processo de realimentação que a condição exige.
A realidade de desconectividade, muitas vezes presente na educação presencial, tem muito menor chance de se dar na educação a distância, considerando que nesta última o educando necessita de um esforço pessoal para não perder o "fio condutor" das apresentações e reflexões.
O texto e as entrevistas enfocam a mesma realidade: Educação a distância é o que se pode chamar “perto do coração” e, portanto muito eficiente no que se refere processo de interatividade. Na educação não presencial ocorre, em igual ou maior densidade, o que se pode chamar de construção do consenso por meio das tecnologias e com a mediação do tutor que faz o papel de provocador, isto é daquele que estimula o diálogo sem o qual não pode existir educação.

sábado, 18 de dezembro de 2010

PROINFANTIL - FORMAÇÃO DE DOCENTES EM EXERCÍCIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


AVALIAÇÃO DOS RELATÓRIOS PARCIAIS
Tutoras: Evelise  Zirhut e Cristiane Durães
Professor formador: Elcio Alberton
Embora seja claro para todos os envolvidos em qualquer processo de aprendizagem, nunca é demais pontuar que a expressão avaliação não se reduz a atribuição de nota e muito menos a indicação de certo ou errado.
A avaliação, entendida como processo, leva em conta a aquisição de conhecimento o qual se manifesta pela capacidade de produzir saberes que é muito mais do que dominar a velha máxima: “ler, copiar, decorar e repetir”.  Em outras palavras reduzir a avaliação à capacidade de repetir o que  o professor falou ou o que estava escrito num determinado texto de estudo ainda não consiste aprendizado.
Sob esta ótica o projeto de estudo, dentro do programa PROINFANTIL, parece ser o mais adequado instrumento de aprendizado e cuja avaliação merece ser pontuada com observações que valorizem o trabalho do cursista, do tutor  e do professor. Na medida em que  um aprende o outro pode se dar por realizado porque ensinou.
Lembro-me do depoimento de um estudante angolano referindo-se aos professores portugueses e cubanos que lá estavam uns durante o período colonial os outros logo depois da independência de Angola. Enquanto os primeiros se davam por satisfeitos sempre que os estudantes não alcançavam média, os outros procuravam compreender onde haviam falhado para que o aluno não tivesse alcançado o resultado esperado.
É neste sentido que ao final do III módulo e de acordo com as diretrizes previstas no Guia Geral do PROINFANTIL  tecemos comentários individuais para cada um dos relatórios que nos foram apresentados pelas Tutoras.
Referindo-se ao projeto de estudo o Guia Geral o faz com as seguintes considerações:

Os projetos de estudo integram a parte diversificada do currículo do Ensino Médio. São atividades desenvolvidas pelo Professor Cursista sob a forma de pesquisa e/ou ação pedagógica a respeito de algum aspecto (social, histórico, cultural,ecológico, científico, etc.) de sua realidade local.

Depois de justificar a importância do projeto o Guia propõe um cronograma a ser seguido, o qual também é sabido por todos os envolvidos no processo, todavia, nunca é demais recordar para o conhecimento de todos:

As etapas do projeto de estudo são as seguintes:
proposta do projeto (desenvolvida no decorrer dos dois primeiros módulos e entregue ao final do Módulo II);
relatório parcial (desenvolvido durante o Módulo III e o relatório entregue para avaliação ao término do Módulo);
• relatório final (desenvolvido durante o Módulo IV). O relatório final será entregue no sétimo Encontro Quinzenal do Módulo IV, acompanhado pela auto-avaliação do Professor Cursista. A auto-avaliação é uma análise feita pelo cursista sobre as atividades desenvolvidas no projeto de estudo.
O projeto se apresenta dentro do programa como a oportunidade do cursista manifestar sua compreensão do processo de aprendizado que obteve ao longo do curso. Neste sentido o Guia Geral e todas as demais orientações insistem que o projeto tenha uma delimitação de conteúdos e conceitos mediante apresentação de um projeto. Esta etapa foi realizada no segundo módulo e nós, particularmente, fizemos o acompanhamento  com as devidas observações de todos os projetos que nos foram apresentados para avaliar.
Nesta segunda etapa, equivalente ao terceiro módulo, os cursistas, orientados por suas tutoras, fizeram um relatório que se constituiu também no que foi denominado “diário de bordo” e como conclusão do processo apresentaram o relatório parcial para ser avaliado.
Particularmente considero, como já escrevi acima, a elaboração do projeto de estudo a melhor forma de aprendizado de todo o programa. E Vejo que a etapa mais importante se constituí na elaboração mesma do projeto o que será feito durante o IV módulo. Embora tenha consciência que a elaboração do projeto pode ser a parte  mais difícil.
De acordo com o Guia geral e as demais instruções,  durante o processo de elaboração do relatório as tutoras tiveram um papel decisivo. Não fui procurado por elas para dar nenhum esclarecimento, orientação ou ajuda. Até aqui tudo de acordo com as orientações do Guia Geral. Nosso papel consiste em avaliar o relatório, em companhia das tutoras e indicar por onde andar no IV módulo.
Tentarei reunir as sugestões de modo que seja facilitada a atividade dos cursistas para a próxima etapa:
1)      Alegrou-me ao ver que todos os relatórios foram entregues às tutoras por meio eletrônico. Os mesmos foram impressos na AGF por ocasião da avaliação. Isso significa que os cursistas tem acesso a computador e internet. Elementos básicos para um programa de educação a distância.
2)      Os relatos dos cursistas foram, em geral, bem feitos, com apenas algumas dificuldades metodológicas às quais as tutoras poderão ajudar a sanar em vista da elaboração do projeto final.
3)      Sugiro aos cursistas a leitura do texto: LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, e SEMINÁRIO QUE BICHO É ESSE. Ambos publicados no meu blog: www.padreelcio.blogspot.com
4)      Para o bom cumprimento do calendário previsto nossa sugestão é que os cursistas sigam as orientações de estudo com os devidos tempos como estão dispostos no guia geral às páginas: 72 a 80.
5)      Especificamente em relação à redação do relatório final do projeto de estudo acho importante que os cursistas procedam do seguinte modo:
a)      Fevereiro e março, leitura da bibliografia apresentada como fundamentação do projeto;
b)      Abril, realização da pesquisa participante na instituição de ensino, de acordo com o relato feito nesta etapa;
c)       Maio e Junho redação final do texto e entrega do relatório.
Espero, com estas orientações, poder colaborar com a etapa final deste processo de aprendizagem.

DOMINGO DIA 16 DE JANEIRO DE 2011


2° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: Isaias 49, 3.5-6; Salmo 39(40);
1Coríntios 1,1-3; João 1, 29-34.

Certamente e mais de uma vez, muitos de nós fomos consultados sobre as qualidades e até a idoneidade de outra pessoa. Por diferentes motivos fomos arrolados como testemunhas em favor de outro. Naturalmente em tais situações nossa atitude se limitou a apontar o que sabemos e conhecemos em vista dos objetivos a que se propunha a consulta em questão.
No caso da liturgia de hoje João Batista e São Paulo, ambos dão um testemunho, traçam um retrado com a intenção de confirmar quem é Jesus e o que os levou a crer nele.
Paulo escreveu para a comunidade de Corinto, à qual ele havia fundado, e reafirma a sua intenção: Que todos reconheçam a Cristo como Senhor do mundo e portado de toda graça e bênção que vem de Deus.
Por sua vez João Batista vê Jesus e brada: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado”. Isso significa dizer que a partir de agora não será mais necessário ir a procurar de um “bode para expiar os pecados” como fez o povo da antiga aliança. Em Jesus foi Deus mesmo quem escolheu aquele que eliminará de uma vez por todas as fragilidades humanas. O perdão que Jesus vai garantir é uma ação que se realiza por meio do Espírito Santo e por isso João declara ser testemunha, uma vez que ele viu e ouviu a voz vinda do céu: “Este é o meu filho amado”.
Ambas as mensagens, de Paulo e de João dão conta de que os dois fizeram a experiência de Deus na pessoa de Jesus.
Ora diante desta verdade é importante retomar a mensagem do domingo passado no qual celebramos o batismo de Jesus. Tal como Ele, ser cristão, ser batizado no mundo de hoje é ser sinal da presença de Deus. Ser batizado implica em trabalhar para que nossas relações sejam livres do pecado e pautadas pela coerência, pela ética, pela prática do bem e da justiça.
O cordeiro anunciado por João é o realizador do Reinado de Deus que se materializar nas boas ações que fazemos a cada dia. Deus está conosco, Ele é o Emanuel, nós o reconhecemos nesta reunião festiva, ouvimos sua voz na palavra proclamada e vamos nos alimentar com a Eucaristia. Tudo isso em vista de fazer acontecer o maior desejo de todos: Que o mundo experimente a paz que vem de Deus!