sábado, 12 de julho de 2014

HOMILIA PARA O DIA 13 DE JULHO DE 2014

AÇÃO DE GRAÇAS, PELA BONDADE DE DEUS E FRUTO  DO TRABALHO HUMANO...

Em tempo de copa do mundo, por todo lado e quase todas as rodas de conversa tratam do assunto. Palpites sobre escalação de jogadores, resultado das partidas, jogadas ensaiadas. De qualquer modo no final da conversa o importante é o resultado. E mesmo sobre o placar final comentaristas esportivos, ex-jogadores, palpiteiros de plantão, todos apontam respostas para os erros e acertos.

Mal comparando, os textos proclamados na liturgia de hoje tem tudo a ver  com a ocasião que se está vivenciando. Em lugar de falar de jogadas bem ou mal sucedidas, os textos falam de plantio e de colheita. Em ambos os casos tratam dos resultados. Satisfatórios o não, mas que houve empenho de quem estava realizando a tarefa, isso houve.

O profeta Isaias compara a Palavra de Deus com a chuva que desce do céu. Ele tem absoluta certeza que surtirá o efeito desejado: “assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia”. Ao fazer o anúncio o profeta tem certeza que Deus sabe qual a melhor jogada e em qual momento deve fazer valer sua habilidade técnica para que a Palavra surta os efeitos esperados. Se quisesse comparar com o futebol, Deus sabe a oportunidade imperdível para fazer o gol.

Rezando o Salmo a comunidade faz uma oração vibrante certificando-se que é Deus mesmo quem visita o seu povo e esta presença garante que os frutos sejam abundantes: “As colinas se enfeitam de alegria, e os campos, de rebanhos; nossos vales se revestem de trigais: tudo canta de alegria! Mais uma vez é como se dissesse as cidades são tomadas pelas torcidas e por todo canto ouvem-se gritos de alegria.

No Evangelho é Deus mesmo quem semeia. Nem precisa duvidar que se tratasse de boa semente. Naturalmente que todo empreendimento tem sua parcela de risco e os resultados não serão todos exatamente como esperados. É importante considerar os vários tipos de terrenos e as distintas condições de terreno e a própria preparação que cada qual recebeu. Explicando a comparação que fez, Jesus fala aos discípulos: “A vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem”.

As comunidades cristãs da atualidade podem ser identificadas com os terrenos para onde é enviada a Palavra de Deus e onde é  feita a semeadura. A Igreja da atualidade pode ser comparada aos discípulos, para quem foi dado conhecer os mistérios do Reino. Todas as facilidades do tempo presente deveriam garantir que os resultados fossem satisfatórios. Nem sempre isso é possível, mas muitas vezes e fato é.

Reunidos em oração a Igreja faz ação de graças pelos frutos colhidos ao mesmo tempo em que reza pedindo ajuda quando os terrenos não correspondem ao que se espera. Pede perdão pela Palavra que não foi devidamente acolhida e cujo fruto não chega a sete. 

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