segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ANTÔNIO ALBERTON e MARTA GUIZZONI: AVENTURA E CORAGEM


Muito boa gente e muita gente boa...


Noutro texto, desta mesma data fiz rápidas considerações sobre a família Alberton. Neste artigo quero me deter e convido-o a acompanhar a história de ANTÔNIO ALBERTON e MARTA GHIZZONI.
AntôniO, filho de João Alberton (Nanni) e Angelina Morgan, nasceu aos 19 de outubro de 1922 na Invernada – OrleansSC. Um dos 10 filhos do casal cujo relato consta do outro artigo neste blog.


Marta, filha de José Francisco Ghizzoni e Maria Della Giustina, nasceu aos 24 de setembro de 1920 em Rio das Furnas – OrleansSC. Uma das 10 filhas do casal num total de 15 irmãos.


Casaram-se no dia 28 de setembro de 1940, na capela de São Miguel Arcanjo na paróquia de Santa Otilia de OrleansSC. Até esta data a Marta tinha sido a primeira filha dos patriarcas Ghizzoni a se casar com 20 aos completos. Como prêmio recebeu de presente uma prótese dentária total (superior e inferior), diga-se de passagem coisa muito moderna para a época. Deste casamento nasceram: Elias, Rosalina, Augusto, Anilton, Celito, Altair, Altamir, José, João, Valter, Afonso, Elcio e Clarice.


O casal iniciou sua vida no local denominado “Morro da Palha” município de Braço do Norte – SC. Um começo de vida com muita tribulação, coisa que não faltou ao longo de todos os anos. Com dez (10) anos de matrimônio e seis (6) filhos a tiracolo, deixaram em Serra Baixo, uma casa construída que tinha as paredes internas todas aplainadas a mão. Faltava apenas construir o fogão. O novo Eldorado se chamava Sudoeste do Paraná.


No ano de 1950, o Pai veio para o Paraná, acompanhando um dos diversos caminhões de mudança, aproveitou a carona para visitar suas irmãs Alice e Ana, que já vivam no longínquo Verê. As terras cobertas de Pinheiro do tipo araucária, não tolheram a coragem do desbravador que adquiriu pequena área numa região bonito conhecida como “Plano-Alto”.


Voltando para Santa Catarina, não titubeou e acompanhado da sua “guerreira”, lá deixaram o que tinham, que era quase nada. Juntando os poucos trapos que haviam reunido nestes anos, com seus cinco primeiros filhos rumaram para o “novo Paraná”, onde chegaram em maio de 1951.


Instalaram-se na nova terra e recomeçaram a vida. Entre os anos 1951 e 1960 nasceram outros cinco (5) filhos que se somaram às dificuldades e a luta. Adquiriram uma área de terra um pouco maior, construíram uma casa nova, toda com em madeira aplainada. Era uma casa grande, suficiente para abrigar a grande família que já estava quase completamente constituída.


A casa com ampla cozinha, sala, despensa (conhecida como quarto escuro, lugar também usado para por de castigo as crianças desobedientes). Duas varandas grandes, e cinco quartos. A nova terra coberta de pinheiros, contou com o braço forte do Pai e da Mãe, que sem medir esforços derrubaram os pinheiros com a ajuda de um serrote americano. Os filhos mais velhos eram responsáveis por todo o serviço na lavoura. E a “Nena”, que já era bem grandinha (tinha 7 anos), podia bem cuidar dos menores ficando também responsável por boa parte dos serviços de casa.


No final dos anos 50 um negócio feito com poucos critérios comerciais, trouxe um aborrecimento que acompanhou praticamente todo o resto da história da família. A compra de um caminhão Chevrolet ano 1949, o qual foi trocado por um número aproximado de pinheiros, cujo número e valor ninguém sabe ao certo, deu origem a uma briga de família envolvendo a família do Tio José Orbem, a qual se estendeu por mais de 30 anos.


Depois de não poucos dissabores o caminhão foi recolhido pela justiça onde apodreceu no pátio da oficina do Sr. Orlando Nuremberg, definido pelo Juiz da comarca como fiel depositário. Os pinheiros tiveram o mesmo destino no meio dos matos. Outras situações muitos desagradáveis se desenrolaram, a como resultado de uma briga a vida do Elias foi salva por um fio.


Aos poucos outros episódios serão escritos e disponibilizado neste espaço, a fim de que a história não se perca. Afinal já nos distanciamos por quase 70 anos.


ELCIO ALBERTON

Nenhum comentário:

Postar um comentário