segunda-feira, 12 de outubro de 2009

IGREJA CATÓLICA E NEOLIBERALISMO

PENSAMENTO DA IGREJA CATÓLICA SOBRE A SOCIEDADE NEOLIBERAL
O texto não é uma produção própria. Se trata de algumas citações de documentos da Igreja Católica sobre o tema. Com certeza vale a pena conferir o contexto em que foram escritos. Todos eles merecem comentários e boas considerações.
“Em nossa sociedade os sem nome são milhões. Quando muito integram números de estatísticas frias. São anônimos, ignorados em sua dignidade de pessoa e em seus direitos. Contam quando são consumidores. O documento de Aparecida chama a atenção para os novos rostos da pobreza, o surgimento do pobre como insignificante. Em um mundo globalizado, os excluídos não são somente explorados, mas supérfluos e descartáveis (Cf Documento de Aparecida 65 citado no texto Base ano catequético nacional n.40).
“Esta realidade não é gratuita, não é um acaso. É, antes, fruto de estruturas de um modelo econômico excludente, tal como constatou e criticou o Papa João Paulo II: “Domina cada vez mais, em muitos países americanos, um sistema conhecido como ‘neoliberalismo’; sistema que apoiado numa concepção economicista do ser humano, considera o lucro e as leis de mercado parâmetros absolutos em detrimento da dignidade e do respeito da pessoa e do povo. Por vezes , esse sistema transformou-se numa justificação ideológica de algumas atitudes e modos de agir no campo social e político que provocam a marginalização dos mais fracos. De fato, os pobres são sempre mais numerosos, vítimas de determinadas políticas e estruturas frequentemente injustas” (Ecclesia in América. Exortação Pós-sinodal 1999). Trata-se de um sistema reprodutor de vidas desperdiçadas, que produz refugo humano, seres humanos não reconhecidos”. (Texto Base ano catequético nacional n.41).

SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS...
“No campo sócio político, fator positivo, depois de uma época de debilitação dos países, é o esforço dos estados em definir e aplicar políticas públicas nos campos da saúde, educação, alimentação, previdência social, acesso à terra e à moradia, criação de emprego e leis que favoreçam as organizações solidárias. Fator negativo é o recrudescimento da corrupção na sociedade e no Estado, gerando impunidade e favorecendo o descrédito do povo. A vida social, em convivência harmônica, deteriora-se com o crescimento da violência, que se manifesta em roubos, assaltos, seqüestros e assassinatos” (Documento de Aparecida 76-78).

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