ESCUTAR, VER E OLHAR
A liturgia da Igreja celebra hoje a
solenidade da Assunção de Maria ao céu. A
primeira observação que precisa ser feito em relação a Maria, é o fato de ela
ter sido escolhida para ser a Mãe de Jesus! Em Maria tudo se refere a Cristo!
Dentre as inúmeras representações da figura de Maria disponíveis para veneração
uma delas é o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Notemos nesse quadro que Maria tem
seu olhar voltado para nós, como quem fala pelo olhar, e sua mão direita
segurando as mãos de Jesus tendo os dedos apontados para o menino. Com esse
gesto Maria nos pede que olhemos para Jesus, Ele é o nosso Perpétuo Socorro!
Essas recomendações de Maria nos
fazem celebrar com mais entusiasmo e confiança o título que damos a Maria:
Nossa Senhora Assunta ao céu! Cuja verdade podemos ver nas três leituras desse
domingo.
O apocalipse descreve com estas
palavras: “Abriu-se o Templo de Deus
que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher
vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze
estrelas”.
Desde muito cedo a Igreja
entendeu que essa linguagem se referia a Maria Mãe de Jesus que muito mais
tarde foi declarada como elevada aos céus e reconhecida Rainha do Universo.
Com a mesma ceteza São Paulo
escreve aos coríntios: “Como em Adão
todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em
primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por
ocasião da sua vinda”.
Naturalmente que se tem
alguém que pertence a Cristo é sua mãe, aquela que disse: “Faça-se em mim segundo a sua palavra”; e depois “Façam tudo o que ele lhes disser”!
Maria que nunca receou estar
perto das necessidades de todos, começou logo cedo com a visita a Isabel de
quem recebeu o título: “Bendita és
tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. E como em
todas as demais ocasiões na história Maria continua repetindo o que cantou no
magnificat: “O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a
todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu
braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos
e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e
despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos
pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.
Peçamos a graça também nós
de imitar Maria e dizer sim a Deus! Não tenhamos medo de cantar com o salmista:
À vossa direita se encontra a rainha, com veste
esplendente de ouro de Ofir.
— À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.
— As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ e à
vossa direita se encontra a rainha/ com veste esplendente de ouro de
Ofir.
— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei
vosso povo e a casa paterna!/ Que o Rei se encante com vossa
beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
— Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no
palácio real”.